Nossa reportagem foi convidada a voltar no Rio Guaporé, mas desta vez em outro destino, seguimos em direção a Cabixi, mais precisamente na Pousada do Jore.
Para aproveitar o fim de semana prolongado pelo feriadão, “30/05-Corpus Christi”, o conceituado médico Ultrassonografista proprietário da CLINIMAGEM (Centro de Medicina e Imagem de Cacoal), Francisco Antônio Pinheiro um apaixonado pela pesca esportiva e pelo do Rio Guaporé, convidou nossa reportagem acompanhá-lo nesta maravilhosa aventura.
SAÍDA:
Saímos da Cidade de Cacoal por volta das 7h com o carro pesado, alem de todas as tralhas de pesca, ainda rebocávamos uma lancha, a que seria nosso transporte nas águas escuras e ricas do rio.
Tivemos um grande atraso não pelo peso que transportávamos, e sim pelas péssimas condições de trafegabilidade da BR 364, com centenas buracos tendo parte da estrada totalmente sem asfalto, depois que saímos desta horrorosa rodovia adiantamos, mesmo assim já se passava das 15h quando chegando à beira do rio.
RECEPÇÃO:
Por causa do atraso todos da pousada já nos aguardavam apreensivos, pois na noite anterior tinha caído uma grande chuva na região, imaginaram que tivéssemos tido algum problema com alagamento, exceto a BR 364 em péssimo estado de conservação o restante do trajeto foi sem problema.
Éramos os primeiros hospedes da Pousada a temporada iniciou mais tarde, todos os anos as águas sobem alagando tudo, sempre chegando ao teto, desta vez o alagamento foi menor, mas houve uma maior demora na dissipação, as águas baixaram lentamente causando o atraso.
POUSADA:
A pousada é toda de madeira as instalações simples, mas confortáveis os apartamentos são para quatro pescadores, com ar condicionado e banho quente privativo, a própria dona é a cozinheira, sua comida é caseira, saborosa e de boa qualidade, servida em uma grande mesa de forma “self service” com um cardápio variado, saladas verdes e tomates, frango e peixe, frito ou ensopado.
EXCLUSIVIDADE:
Na primeira noite nos foi oferecido um saboroso churrasco. Como era inicio da temporada, para aquele fim de semana optaram por não hospedar mais ninguém, toda a pousada e as atenções do prestativo Senhor Jore, sua simpática esposa Dona Terezinha e de seu neto um adolescente amigável e contador de história, Pablo que pelo seu cabelo espetado, carinhosamente é chamado por Neymar, apesar de ele ser Corintiano, uma das histórias narrada por ele foi à do jacaré gigante “Roberto”, o que apareceu no programa Fantástico (Rede Globo) e na Terra da Gente (EPTV).
PILOTEIRO:
Com a Pousada vazia só para nós, isso proporcionou um maior conforto e privacidade, contrataram um jovem piloteiro para nos acompanhar, Luiz Carlos que parecia mais um artista de cinema, e com sua fisionomia e a vasta cabeleira loira não demorou muito para que nos passássemos a chamá-lo de Brad, satirizando com o ator de cinema Brad Pitt.
PRIMEIRA PESCARIA:
Naquela tarde que chegamos fomos para o rio, fazia uma tarde agradável o sol ainda brilhava, então decidimos sair do Guaporé e aventurar nas baias do Rio Cabixi e Piolho, tivemos muita ação, no início as piranhas banqueteavam com nossas iscas (tuviras e minhocuçu), depois algumas pequenas cacharas (Ibaminhas).
SEGUNDO DIA:
O segundo dia amanheceu ensolarado muito propicio a uma boa pescaria, depois de um café da manhã digno de Rei, saímos em direção a uma ceva de pegar piaus, que serviria como a isca certa para pegar as grandes cacharas “pintados como são chamados na região”.
Infelizmente este local é muito concorrido e não conseguimos um bom lugar e não pegávamos nada, enquanto que os outros barcos melhor localizados pegavam piaus “três pintas” e “flamengo”, um atrás do outro.
O RIO GUAPORÉ:
Subimos então o rio que ainda estava muito cheio. Nesta época de vazante, o Guaporé com sua imensidão; “Nascendo na Chapada dos Parecis (MT), a uma altitude de 630m, percorre em torno de 1.500km até alcançar sua foz no Rio Mamoré, durante boa parte de seu percurso forma fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia e ainda margeia grandes cidades como: Pontes e Lacerda (MT), Pimenteiras do Oeste (RO), Costa Marques (RO) e outras”.
Sua vegetação varia conforme o lugar, cerrado, pantanal e floresta amazônica formando uma visão única e inesquecível, alem de nos proporcionar uma enorme variedades de peixes, répteis, anfíbios e centenas de outros, e devido todas estas espécimes te dá a opção de variar, isso nos deixa livres para escolher e não se prender a uma só forma de pesca.
O ALMOÇO:
Na hora do almoço encostamos-nos a uma clareira de areias brancas com muita sombra, o Brad acendeu a churrasqueira assou alguns churrasquinhos e cocha de frango que o Pinheiro tinha levado, enquanto isso ele descansava deitado na poltrona traseira da lancha, eu fotografava registrando a beleza da fauna e flora que é abundante.
VILA NEIDE:
Depois pescamos toda tarde até nossas iscas acabarem, voltamos à pousada, depois de alguns minutos Brad e eu, nós fomos a Vila da Neide seria para eu conhecer e comprar iscas, a vila é pequena sem estrutura qualquer, sem saneamento, sem pavimentação, mas cheio de pessoas atenciosas e prestativas como o (Coló) dono da Mercearia Guaporé o Rei da Isca como se titula; “Pode me chamar de Coló mesmo, ninguém me conhece pelo nome”. Disse ele quando questionei seu nome.
SAIDEIRA:
No último dia de pesca estava meio nublado o sol timidamente aparecia, mas fazia calor, depois de um café da manhã reforçado, pegamos nossa lancha e fomos nos aventurar novamente na ceva de piaus, e novamente os melhores locais já estavam ocupados, como desta vez tínhamos iscas à-vontade, fomos diretos para os poços de Cacharas e fizemos uma boa pescaria.
Almoçamos na pousada, aproveitamos para descansar no apartamento com ar condicionado até as 15h30 quando voltamos para o rio, o tempo ainda continuava nublado, mas imaginamos que fosse como a manhã, mas nos enganamos, assim que chegamos ao ponto de pesca à chuva caiu.
A BELEZA NATURAL:
Isso aconteceu por duas vezes, depois o tempo firmou a tarde ficou agradável o sol apareceu e nos proporcionou uma das visões mais inesquecíveis, o céu vermelho a claridade prata brotando do leito do rio contrastando o verde acentuado das margens, os peixes talvez, também enfeitiçados por esta magia puxavam em nossas varas nos proporcionando um enorme prazer da pesca esportiva, e do pesque e solte, assim poderemos voltar outras vezes e ter a garantia que sentiremos estas mesmas sensações e deixar que os outros também sintam.
_Depois de um belo jantar fomos dormir, no outro dia levantamos descansados pela última vez tomamos o café de Dona Tereza e fomos embora, mas já com saudades e com planos de voltar.
(Reportagem de 16/06/2013)_
Por: Wellington Gomes
Turismoderondonia.com